(poema
surrealista)
descubro
manto
sobre
o
veludo
do
musgo
o
mundo é alternado
porto
ouro
raios
as
vidas
tudo
parece nada e era passada
jamais
volta
embora
retorno
emborcado
retrocesso
o
que faz o torpe
solapando
o sublime e a lida
viva
a preguiça
bicho
quase extinto
todos
o
trazer visão e ver
acaso
haverá
construções?
róseas
paredes
iluminadas
por
sol
à
tarde
de
tanto ouvir a voz interna e a companhia
inteira
de si mesmo
e
desastre
ambiental
Baleias
suicidas ou suicidadas
desnorteiam-se
por
algum motivo e encalham
destocar
a vitrola
mp1
2 3 4 tantos
ou
I-pod
quanto
posso eu?
E
tantos
unguentos
sem trema
pingos
só nos iis
all
right
é
fato
o
desentoar e o castigar
doravante
a escrita será surreal
o
que sair fica e o que se
quer
faz-se
ou
não se constroi um Taj-Mahal
por
dia na imaginação
e
na realidade concreta
é
só um castelinho
de
cartas de baralho ou areia
tanto
faz é tão importante quanto
a
beleza de fato é a do Tigre e nada mais se iguala
os
humanos tão sem listras
sem
presas e sem esturro de onça
felinos
felinnianos et finis
ou
o que seja formidável
a
empreitada da galinha
de
ovos de ouro
Rei
Midas pobre e sem nada
o
toque
igualado
a nothing
inigualavelmente
enorme
é
a vontade
de
dizer
e calar e escrever
porque
a palavra dita demove
a
escrita não gasta saliva
somente
deuses podem ver de cima e descer
quando
querem ao convívio
humano
os
torcedores gritam Mengo!
Embora
eu seja tricolor
gosto
da alegria
não
do time
e
estes deuses desviados da rota
disfarçados
de torcedores
ou
leitores de manchetes nas bancas
de
jornais
Onde
houve uma grande onda azul
a
glaciação começou
o
inverno eterno e a fome
onde
se resolve
onde
se complica
a
maldade enorme
avilta
a
verdade pesa sobre as costas
o
detalhe de um nome de um surto ou um lapso
o
desengonçado estado de se ver noutra
paragem
quase invade
mas
a resistência
francesa
foi vitoriosa na história
na
realidade parece que tudo ruiu
onde
foi que se viu um elefante num monociclo?
Foi
no meu ex-libris
o
pó do mundo é igual ao da lua?
Ou
é distante a beleza
do
sentido de limpeza essencial à saúde etcétera e tal
onde
há saúva há saúde?
Sonhos
e descaminhos
não
há surrealismo suficiente nessas mal traçadas linhas
o
tigre se perdeu na selva emaranhada
de
beleza fortuita e empoeirada
ninguém
foi visto ou investigado
o
suficiente para ser alçado
ao
time daqueles deuses
e
monotonia à parte
todo
mundo quer a felicidade pra si
sem
se preocupar com o resto
e
tanto faz que seja aqui
ou
lá em Marte
a
vida, a poeira, ou o raio que o parta
tudo
tudo
tudo
que
vale é ser
Feliz!
E
basta!
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