terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Poema para o fim do Ano: Feliz 2016!

todos os dias uma beleza se apresenta diante dos sentidos
-- disse Borges em Os Conjurados -- 
um vento na pele
um azul no céu
o canto de um pássaro
ou o insípido da água no paladar
sedento sermos do belo  é óbvio e normal
       porém
aos embotados sentidos
o que resta fazer
senão os artificialismos
inúteis     desnecessários    e      caros
com que acham que gozam
e nem se satisfazem
mas procuram um estado entre o 
Nirvana tão decantado
   e o sonho mais belo que nunca ousaram ter
nas utopias
sem a simplicidade de seus próprios corpos
livres das amarras e soltos
no espaço infinito
tão fácil e perto de ter
ao alcance de um mero toque




Poema de  Márcia Cristina  Paraguassu

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