todos
os dias uma beleza se apresenta diante dos sentidos
-- disse
Borges em Os Conjurados --
um vento na pele
um azul no céu
o canto de um
pássaro
ou o insípido da água no paladar
sedento sermos do
belo é óbvio e normal
porém
aos embotados sentidos
o que
resta fazer
senão os artificialismos
inúteis desnecessários e
caros
com que acham que gozam
e nem se satisfazem
mas procuram
um estado entre o
Nirvana tão decantado
e o sonho mais belo
que nunca ousaram ter
nas utopias
sem a simplicidade de seus próprios
corpos
livres das amarras e soltos
no espaço infinito
tão
fácil e perto de ter
ao alcance de um mero toque
Poema de Márcia Cristina Paraguassu
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